quarta-feira, 5 de junho de 2013

Minhas experiências de leitura...


Engraçado como as coisas fluem;lembro-me da maneira como fui alfabetizada.A professora,dona Rosa,utilizava a cartilha "Caminho Suave".
Nada houve de suave neste caminho percorrido à aquisição da leitura e escrita.Repetia as mesmas lições muitas vezes até decorá-las.
Apesar do esforço repetitivo adquiria o gosto pela leitura.
Ganhei um livro dos meus pais chamado "O Gato de Botas".Foi um dos livros que mais gostei.Após muitas leituras,aventurei-me a ler Dom Quixote.Confesso que fiquei um pouco confusa com as aventuras narradas.
A Coleção Vagalume também fez parte da minha vida,eram tantas as histórias que sentia-me como se fizesse parte delas.
Depois vieram os autores clássicos,que na época considerava "chatos",pela linguagem utilizada.Com o tempo aprendi a apreciá-los.
Leio muito,desde José de Alencar a Sidney Sheldon.Por isso estimulo em meus alunos a pratica da leitura.
Toda semana fazemos uma aula;eles trazem exemplares dos livros preferidos ou buscam na biblioteca da escola.

2 comentários:

  1. Toda vez que vejo livros da coleção vagalume lembro da minha infância/ adolescência com muito carinho e saudade, li muitos e toda vez que tenho um tempo para uma leitura extra leio novamente os que mais gostei. O blog está ficando legal... bom trabalho!

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  2. Experiências de leitura e escrita

    A leitura foge à regra no que diz respeito a classes sociais. Nesse âmbito todos se igualam e falam a mesma língua.
    Diante de depoimentos de personalidades, como jornalistas, escritores, psicanalistas, professores, cantores etc., pode-se perceber quão estreito, acolhedor e fascinante é o mundo da escrita e da leitura!
    Vejamos alguns depoimentos sobre leitura e escrita de algumas personalidades:
    De acordo com a professora Marilena Chauí, “ler é dialogar com o passado e anunciar o futuro...” “é suspender a passagem do tempo para o leitor”.
    Segundo Danuza Leão, jornalista e escritora, qualquer coisa é merecedora de leitura, desde bulas de remédio a dicionários. Na infância não gostava de brincar com bonecas, porém devorava todo tipo de leitura, desde gibis a livros e a classificação de boa leitura, para ela, não é classificada por literatos e sim por gosto individual. Sendo assim, um livro é ou não um bom livro.
    Quando perguntamos aos nossos alunos por que estudar História, a resposta é imediata. Segunda eles, desnecessária, já que faz parte de um passado.
    Desse pressuposto teríamos como resposta o depoimento sobre leitura do Psicanalista, Contardo Caligaris. “Ninguém é capaz de inventar a vida do nada!” Aproxima-se dessa maneira com a linha de pensamento da professora Marilena Chaui.
    E ainda, a forma prazerosa do contato inicial com a leitura e a escrita de Gilberto Gil, num ambiente sinestésico, a casa da vó, mais especificamente, a cozinha. Foi nesse ambiente, junto com a irmã e a vó, que o cantor iniciou seu prazer pela leitura.
    E a minha experiência de leitura tem tudo a ver com minha profissão hoje, pois foi através de uma professora de História que tudo começou.
    Morava no meio do nada sem contato algum com qualquer meio de comunicação. Televisão, telefone, internet? Nem pensar! Restava-me tão somente um radinho de pilha que me interligava com o restante do mundo. Surgiu a dita professora um dia, com caixas repletas de livros para eu ler. De início, uma leitura despretensiosa, de entretenimento, com donzelas sonhadoras e moços ricos montados em seus esplêndidos cavalos... E viviam felizes para sempre!
    Com o passar do tempo, outros e mais outros livros... E lá estava eu já lendo a história de Hitler! E foi assim que tudo começou!
    Hoje, acredito que como todo professor de Língua Portuguesa lê tudo e o tempo todo. Identifico-me com o depoimento de Danuza Leão ao dizer que qualquer coisa é merecedora de leitura. Na minha infância adorava as revistas em quadrinhos e os livros de faroeste de meus irmãos.
    Acredito que a leitura é um constante desvendar de um mundo novo!

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